Conheci Resistance logo após terminar Silent Hill. Fui até uma loja e troquei o consagrado jogo (já comentado aqui) por um total desconhecido (pelo menos pra mim), recomendado na hora pelo vendedor. Aceitei a recomendação, ainda que desconfiado, simplesmente por ser possível jogar a campanha colaborativa em Split Screen, ou seja, dividindo a tela com um segundo jogador. Não me decepcionei.

Resistance: Fall of Man foi um dos pioneiros para PS3 no estilo de tiro em primeira pessoa. O jogo inicia sua história nos anos 50, contando a trajetória de Nathan Hale, um sargento americano que, juntamente com o exército britânico, luta contra uma nova raça de alienígenas (Os Quimerianos). Além da campanha, que pode ser jogada com um jogador ou em dupla, o jogo possui um modo online competitivo no estilo Counter Strike, com diferentes categorias, sendo: Free-for-all, onde o objetivo é simplesmente matar qualquer oponente que apareça na sua frente, Team Deathmatch, no qual dois times tentam somar o número de mortes necessárias para ganhar o round e Team Objective, que conta com 4 sub-categorias (Meltdown, Capture the Flag, Breach or Assault). Incrivelmente suave, o jogo online é uma grata surpresa, e é possível jogar com até 40 jogadores espalhados pelo mundo.

Algo indiscutível em jogos para PS3: gráficos… a qualidade visual dos jogos que eu tive a oportunidade de jogar é incrível, e não seria diferente com Resistance. O jogo possui gráficos excepcionais e a integração com o ambiente é grande (é possível bater com a arma em bolas de sinuca, quebrar móveis, garrafas, etc).

Resistance é um jogo de ficção e com isso, apresenta diversas opções de armas futurísticas. Algumas são claramente cópias das reais, como a Rossmore que imita uma Shotgun e a Fareneye, imitando um rifle sniper, mas a grande maioria são inovadoras e surreais. A Auger, por exemplo, é capaz de atirar através das paredes e criar um escudo para se proteger dos tiros adversários. Uma das mais utilizadas é a Bulseye, arma quimeriana que atua como uma metralhadora, mas que conta com uma tag, ou etiqueta, que ao ser lançada em um inimigo, permite que o jogador atire em qualquer direção e os tiros serão atraídos por essa tag colada ao inimigo. Ideal para se proteger e continuar a matança.

Durante toda a campanha (que joguei em dupla com a esposa), o exército acompanha seu personagem pelas ruas e pelas bases quimerianas, ajudando a neutralizar os inimigos e criando distrações para investidas estratégicas, principalmente no jogo Split Screen. Os inimigos não são alvos fáceis, se escondem e usam granadas com muita eficácia. Além do exército “comum”, os quimerianos contam com máquinas gigantes que dificultam sua vida em várias oportunidades durante o jogo. De qualquer forma, não é um jogo muito desafiador. Após algumas mortes, você aprende a lidar com os diferentes tipos de inimigos e o jogo se torna repetitivo. É pura ação! Não existem puzzles e, portanto, não exige muita inteligência, apenas habilidade nas mãos.

Terminei o jogo em apenas 4 dias e troquei por Resistance 2. Este  por sua vez, me decepcionou! Não pela qualidade gráfica, que melhorou, nem pela jogabilidade,  armas ou dificuldade. A decepção foi com o fato de que, em Resistance 2, a campanha só pode ser jogada em single player. A diversão muda, diminui, já que jogando sozinho você fica limitado, não consegue diversificar na estratégia e não tem com quem dividir os momentos de tensão e indecisão. Fora isso, o jogo é bem parecido, com Nathan continuando sua luta para livrar a humanidade da ameaça dos quimerianos. Algumas armas novas, cenários diferentes, mas no geral, continuou igual. Demorei um pouco mais para terminar, exatamente por ser apenas “mais do mesmo”, e não me empolgar muito em jogar sozinho este tipo de jogo. Em contrapartida, em Resistance 2 é possível jogar online nos modos colaborativo ou competitivo, com até 60 jogadores e em dupla, com Split Screen, o que torna a experiência online mais divertida.

Resistance 1 e 2 são bons jogos para quem curte ação em primeira pessoa. Só isso! Além de garantir diversão por algumas horas durante as campanhas, traz o modo online que proporciona ao jogador muitas horas de diversão. Agora é esperar para ver se Resistance 3, já anunciado para 2011, reúne o melhor de cada um dos anteriores.

Você pode saber mais detalhes sobre a série em Resistance Wiki.

Thiago Barrionuevo

da nossa pátria amada, chamada Brasil!!!

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